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Muito se fala sobre o aumento da população idosa, e isso é um fato. Não podemos evitar o processo do envelhecimento que faz parte do curso natural de nossas vidas. Muitos temem por esse processo por ter o acometimento de algumas doenças, mas devemos nos preparar para esta etapa de nossas vidas, pois não temos como evitá-la. O que temos a fazer é buscar qualidade de vida nesta fase, e isso é possível com medidas preventivas de saúde, pois algumas alterações sistêmicas e bucais ocorrem nesta população que merece uma atenção especial quanto à orientação de medidas preventivas e motivacionais para que possam ser incorporadas no dia a dia como rotina e prevenção.

Muitos pacientes acreditam que a perda de dentes faz parte do processo de envelhecimento. Isto não é verdade é deve ser esclarecido. É possível manter os dentes mesmo com a chegada da 3a. idade, e para isso é necessário medidas preventivas diárias de higiene bucal e consultas periódicas semestrais ao profissional cirurgião dentista ou ao odontogeriatra, profissional da odontologia especializado no atendimento à pacientes idosos.

Perdas dentárias só ocorrem mediante a incidência de doenças que acometem a gengiva e tecidos de sustentação dos dentes, que são as chamadas doenças periodontais (que levam a mobilidade dos dentes, sangramento gengival e que tem origem bacteriana) ou por complicações ocasionadas pela doença cárie, que levam à perda de estrutura dentária deixando o dente fragilizado ocasionando em fraturas ou dependendo da profundidade da cárie podendo acometer o canal do dente levando à contaminação bacteriana que se não diagnosticada ou tratada (via tratamento endodôntico ou de canal) pode levar à perda dentária.

Em ambas as situações descritas por serem de origem bacteriana, podem ocorrer ainda complicações sérias de saúde como por exemplo a endocardite, que gera internação hospitalar do paciente para tratamento, com risco de morte.

Com a perda de um ou mais dentes, ocorre uma desestabilização da posição dos demais dentes da arcada dentária, gerando a longo prazo, movimentação dos dentes remanescentes e futuramente, outras perdas dentárias devido sobrecarga em alguns elementos dentais. Além disso, com a falta de dentes perde-se eficiência mastigatória e muitas vezes também estética, interferindo na qualidade de vida do paciente idoso, interferindo em sua alimentação e relações pessoais. Ocorrendo a perda dentária, o paciente deve ser reabilitado a fim de evitar complicações futuras conforme descrito. O profissional orientará quanto às alternativas de tratamento protético mais indicado para cada caso, e para pacientes que já fazem uso de próteses dentárias, é necessário o acompanhamento semestral para que tenha seu tempo de vida útil prolongada e não ocasione lesões bucais, devido desadaptação no caso de próteses totais e removíveis.

Texto Produzido pela Cirurgiã-Dentista

Prof. Dra. Camila Lobão dos Reis

CRO/SP: 66.319